quinta-feira, 21 de maio de 2015


Tributo àquela boca

"Que boca bela
que é a boca dela
obra prima numa tela
pintada em aquarela

Palavra alguma ouvi por ela
nem frase singela
discurso tagarela
ou uma canção a capela

Vejo moças da janela
outras na passarela
e passando pela ruela
mas nenhuma boca como aquela

Batom vermelho ou canela
até sem, se revela
tanta belezura que a mão chega que gela
é até pecado essa boca numa só donzela"...

(Beto Perniciotti)
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quarta-feira, 15 de abril de 2015



VIDA BREVE


Que a vida siga sem dar aviso
Que a gente brinque de improviso
Que a gente perca um pouco o juízo
Que a gente dobre o nosso riso...

Que gente às vezes largue tudo
Que os celulares fiquem mudos
E que a rotina então se quebre
Porque a vida, ah a vida é breve...

(Tudin)

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        ÁGUA  
Ando sem pé nem cabeça,

sou sangue, sêmen, saliva,

lágrima, leite, suor,

habito a matéria viva.

Sacio a sede dos homens,

sou dócil mas sinuosa,

escorro-lhes pelos dedos,

esparramada e gostosa.

Entre o banho, a pia, o tanque,

lambo, limpo, lavo, hábil,

no mar, piscina ou deserto

minha vida não é fácil.

Sou pedra, sou gás, sou nuvens,

caráter polivalente.

Líquida, lânguida, fresca,

doce, salgada, fervente.

Flores, frutos, fauna, flora,

se a vida resulta de mim,

então, por que cargas d’água,

jamais descubro a que vim?

Sendo espelho não me enxergo,

sequer meu nome conheço,

se perco oxigênio,

estagnada apodreço.

Tempestuosa e imprevista,

às vezes provoco danos.

Ambiguidade é comigo,

vivo entrando pelo cano.

Transcendendo a trabalheira

inda executo outra arte:

emito sons variegados,

música, modéstia à parte.

Nesta longa travessia,

tanto bato que até furo,

tendo passado e presente,

não sei se tenho futuro.

(Tânia Casella)

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terça-feira, 14 de abril de 2015


APRENDENDO COM O RIO                                                            

"O tempo roda como um rio,
Que volta e meia, faz a água rodar.
Alguém que um dia amei,
Descubro hoje que continuo a amar.

E este tempo que se perde,
Ajuda também a ensinar.
Que àqueles erros que errei,
Não podem mais voltar.
Insistentemente a vida me sorriu,
Tolo fui pois nunca soube retrucar,
Aqueles cravos que eu plantei,
Na colheita fizeram eu me machucar!

Marinheiro que é teimoso,
Não aprende com o mar,
nem todo balanço é de onda,
nem todo peixe é pra pescar!
Saudade é dor que alimenta,
Quem acordado conseguiu sonhar.
E tem agora outra chance,
De no peito fazer flores brotar!

O tempo roda como um rio,
Que volta e meia, faz a água rodar!
O meu peito com vc eu estreei,
É um palco onde só vc pode brilhar.

Deus escreve em linhas tortas,
A história que um dia vou contar!
Para os filhos dos filhos que terei,
Da família que irei criar!
O coração é terra seca,
E só um outro coração pode regar!
Se o amor causar enchente,
O paraíso é se afogar!

Agradeço as estrelas,
Mesmo lá em cima me ajudaram a remar,
Perdido, muito tempo eu naveguei,
Mas agora ao meu cais eu vou voltar!
Sei que não devia ter partido,
Mas amadureci ao navegar!
Descobrindo que não há na terra,
Flores tão belas como "Cá"!

O tempo roda como um rio,
Que volta e meia, faz a água rodar!
Alguém que um dia amei,
Descubro hoje que continuo a amar.
O tempo roda como um rio,
Que volta e meia, faz a água rodar!
O meu peito com vc eu estreei,
É um palco onde só vc pode brilhar."


(R. Aureliano)  -  Foto: Manoel Paiva

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domingo, 12 de abril de 2015

Bem Vindos à Nossa Página! Vamos começar!


"PEQUENO ESCLARECIMENTO

Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação.
O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios.
Um silêncio...
Este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês."

(Mario Quintana)